sábado, 4 de janeiro de 2014

Barriga de 17 semanas!!!

Eis a minha barriga de 17 semanas de gêmeos!

Dizem que está pequena... Mas eu mantenho uma alimentação bem balanceada e vou todos os dias a academia! =)


domingo, 22 de dezembro de 2013

Relato da minha FIV - na íntegra

Relato de uma 1ª FIV de sucesso e muitas “aventuras” pós positivo!

Minha história começou em meados de 2013 quando recebi o diagnostico de obstrução das trompas, depois de realizar o temido (e horrível) exame de histerossalpinpografia. Fiquei extremamente desapontada, frustrada, mas não deixei o desanimo me pegar o logo comecei a minha pesquisa sobre o próximo passo: A FIV. Pesquisei muito e não encontrei indícios seguros de que uma desobstrução daria certo, pelo risco de gestação ectópica e tudo o mais. Entretanto os valores de uma FIV eram muito altos e eu não poderia paga. Foi então que descobri que poderia ser doadora de óvulos, conseguir a medicação pelo programa acesso que o valor do tratamento reduziria muito.

Comecei a pesquisar varias clinicas e médicos aqui no Rio de Janeiro, mas não senti confiança 100% em nenhum. A maioria não respondia aos meus e-mail’s ou condicionava a informação do valor da FIV a uma consulta que não sairia menos de R$ 400,00. Pagar para saber o preço? NUNCA! Ouvia muitos elogios, mas também algumas várias críticas sobre as clínicas e os laboratórios aqui do Rio e isso me deixou muito insegura. De toda forma entrei em contato com uma clínica e marquei uma entrevista para ver se eu poderia ser doadora. Em paralelo expandi minhas pesquisas para SP e encontrei muitas pessoas dizendo que lá tinha os melhores laboratórios, que as técnicas eram mais avançadas e tudo o mais. Enviei e-mail para algumas clínicas e como aconteceu aqui no Rio foram pouquíssimas as que me responderam.

E dentre essas a Mater Prime me respondeu prontamente e pediu para eu enviar meus dados que iriam verificar se havia receptora compatível. E para minha surpresa, NO DIA SEGUINTE, obtive a resposta de que havia uma receptora! Nossa, eu fiquei tão feliz! Como assim, tão rápido? Porém ao mesmo tempo fiquei muito insegura em sair do Rio e ir para SP fazer o tratamento. Mas peguei isso como um sinal e comecei a me planejar. Pesquisei também muito sobre a clínica – Mater Prime – e o médico – Dr. Rodrigo da Rosa Filho, e quanto mais relatos eu lia, mais confiante eu ficava.

Em 5 de setembro cheguei em SP e tive a bênção de conhecer a Liliane Magalhães, que estava gravida de 8 meses e que havia feito o tratamento também com Dr. Rodrigo. Isso me motivou ainda mais e me deixou mais segura. Além dela ter se tornado uma grande amiga, hoje uma irmã. Iniciei a medicação e para minha grande decepção, dias depois, Dr. Rodrigo me disse que eu não havia respondido como esperado – tive apenas 6 foliculos maduros – e que eu não poderia ser doadora. Meu mundo caiu! Como assim? Todos os exames estavam ok, tudo indicava que eu poderia ser doadora! Porque isso aconteceu?! Senti-me tão mal com aquilo. Não podia engravidar e também não poderia doar! Foi então que Dr. Rodrigo conversou comigo e disse que eu poderia tentar fazer o tratamento com os meus óvulos, sem doar e que pela minha idade as chances de darem certo eram altas. Fiquei tão insegura, com medo, mas resolvi confiar nele. E foi a melhor coisa que eu fiz.

Conversei com minha família e conseguimos o dinheiro para continuar com o tratamento. Alguns dias depois foi o dia da captação e estava bem nervosa! Havia 7 foliculos maduros, sendo que Dr. Rodrigo disse que 2 poderiam ser cistos... Que medo de não ter nada! De não dar certo... Mas assim que acordei da anestesia da captação ouvi a frase mais linda desse mundo: “captamos 5 óvulos”. Exatamente como ele havia previsto!!! Fiquei tão feliz.. As coisas começaram a caminhar e a chance de voltar grávida para o Rio era real.

E começou a tensão em saber se teríamos embriões, se seriam de qualidade, mas todo dia Dr. Rodrigo me informava como eles estavam. Ao terceiro dia tinha 3 embriões e por isso colocamos 2 embriões nesse estágio de desenvolvimento, para não correr o risco de perde-los colocando-os no 5 dia, em estágio de blastocisto, que seria o mais indicado. Apesar de ter muito medo de engravidar de gêmeos, colocamos 2 embriões, pois as chances de gêmeos eram muito baixas.

No dia da minha transferência não senti nada. Minha bexiga ficou cheia mas não senti dores nem nada. Foram colocados os dois pontinhos de luz dentro de mim. Combinamos de deixar o outro embrião se desenvolver até o 5º dia, e se ele virasse um blasto, congelaríamos. Estava certa de que iria perder esse embrião, mas para minha surpresa, segunda-feira, Dr. Rodrigo me liga e diz: “você tem um lindo blasto para congelar”. Que felicidade. Para quem achava que não teria nada, tinha 2 bebês no forninho e 1 que iria virar picolé! Felicidade total!
Voltei para o Rio de Janeiro com meus bebês na barriga e durante os 10 dias pós transferência tudo transcorreu super bem. Fiquei em repouso absoluto por 48h, mas nos outros dias levei vida normal, sem fazer esforços e abusar, é claro! Comecei a sentir cólicas e dores nas costas nos dias seguintes e no dia 8 eu tive uma cólica muito forte. Acho que foi o dia que eles definitivamente grudaram em mim.

E agora a parte mais difícil do meu relato, na qual reforço a importância de se procurar um profissional competente e qualificado para fazer o tratamento. No dia do beta, 2 de outubro, já havia um dia que estava sentindo muitas dores na parte do estomago e a barriga inchada. Achei que fosse gastrite nervosa. Naquele dia houve uma confusão aqui no Rio, o trânsito ficou um caos e meu resultado só saiu no dia 3 pela manhã: beta 163, positivo! Iupiii. Tão feliz! Dr Rodrigo me ligou e eu só conseguia chorar e agradecer por tudo que ele havia feito por mim. Só que ao final do dia a barriga estava mais inchada e sentia dores. Entrei em contato com Dr. Rodrigo o qual me orientou a procurar uma emergência e ver o que estava acontecendo. Fui em uma clinica perto de casa onde a médica simplesmente ouviu meu relato, passou buscopan na veia e mandou eu retornar para casa. Só que nessa noite mal consegui dormir de tanto que doia e no dia seguinte procurei outro local para fazer uma ultra.

No dia seguinte pela manhã, ao deitar na mesa de exame fiquei apavorada pois a médica falou para eu ir correndo para a maternidade mais próxima da minha casa que eu estava com hiperestimulo: meus ovários estavam cheios de folículos e eu tinha muita água no abdômen. Liguei chorando para Dr. Rodrigo, o qual me orientou que fosse a uma maternidade, começasse a ingerir muita proteína e liquido e assim que fosse atendida para avisar a ele que provavelmente me internariam. 

Fui na referência aqui do Rio de Janeiro, na Perinatal, onde as médicas que me atenderam pouco se importaram com o fato de eu estar com muito liquido na barriga, apenas disseram que meu beta era muito baixo, que eu deveria parar com a progesterona e ficar em casa atenta a qualquer dor forte no abdômen que poderia ser torção do ovário! Como assim? Saí de lá apavorada, com medo, confusa. Voltei a medica que fez a ultrassonografia a qual indicou-me uma ginecologista que poderia me atender naquele mesmo dia. Chegando na consulta a médica me passou antibiótico, anti-inflamatório e disse que naquele momento tínhamos que priorizar a minha saúde e não pensar na gestação! Como assim? Como aquilo estava acontecendo comigo? Liguei novamente chorando para o Dr. Rodrigo o qual falou para eu ir até São Paulo que lá ele iria me internar e acompanhar meu caso de perto e para eu não me preocupar que eu e meu bebe ficaríamos bem. Tudo que eu precisava ouvir naquele momento para me sentir segura.

Quando cheguei em SP, dois dias depois, havia refeito meu beta e estava em 342. Tudo transcorria bem, mas eu sentia tanta dor que não conseguia andar direito. Estava dormindo sentada! Dr. Rodrigo me explicou que aquela é uma condição difícil de acontecer, chamada hiperestimulo tardio, onde o corpo reage ao beta HCG – hormônio liberado pelo embrião – como se fosse estimulação dos ovários. Então, quanto mais o beta aumentava, mais o hiperestimulo se agravava! E eu tive que sair do Rio de Janeiro para ser tratada de uma condição que pode acontecer em uma FIV? Como assim? Se eu ficasse no Rio eu poderia ter complicações gravíssimas! O hiperestimulo é uma complicação grave que precisa de acompanhamento, pois pode ter muitas consequências, até mesmo fatais.

Quando cheguei no Santa Joana em SP, achei que ficaria internada apenas 4 dias... Mas fiquei 12! Nesse período fiz uma paracentese onde Dr. Rodrigo retirou 2,5 litros de agua do meu abdômen e perdi mais de 4 quilos só de liquido. Foi o momento mais assustador pelo qual já passei, mas tive ao meu lado Dr. Rodrigo o qual ia me visitar diariamente, tirava todas as minhas dúvidas e me deixava segura de que eu e meu bebe iriamos ficar bem. Além disso, a minha querida amiga Liliane Magalhães ia me visitar todo dia e me animar, para que aquele momento tão assutador passasse um pouquinho mais rápido.

Durante os 12 dias ainda tive muitas surpresas... Vimos o saquinho gestacional em um dia e alguns dias depois vimos dois saquinhos. Ou seja, dos dois embriões que eu coloquei os dois ficaram! Seria mãe de gêmeos bivitelinos. Seriam um casal? Nossa, fiquei muito feliz! Entretanto alguns dias depois comecei a sentir uma dorzinha na panturrilha direita. Ainda estava internada mas era a véspera da minha alta e comentei com Dr. Rodrigo, super despretensiosamente sobre essa dor.  Ele achou melhor fazermos um doppler por precaução pois poderia ser trombose, mas como eu não fiquei com a perna inchada e nem mesmo quente e vermelha – o que acontece em casos de trombose, estava super confiante de que não seria nada.

No dia do doppler, eis que para a minha surpresa o diagnostico veio: estava com trombose! Só que em uma veia super rara de acontecer, um coagulo super pequeno mas que não deixava de ser uma trombose venosa profunda. Dr. Rodrigo aumentou a dose de anticoagulante que eu já estava tomando como profilático, pelo fato de estar internada, mas que no meu caso não foi suficiente para evitar o coagulo. Meu mundo caiu! Porque estava acontecendo aquilo tudo? O que mais iria acontecer? Começei a ficar super preocupada, com medo, assustada mas por outro lado sabia que estava sob os cuidados do melhor profissional que já conheci.

Fiquei mais 5 dias por causa do coagulo e no dia da minha alta, outra grande surpresa: um dos embriões havia se dividido. Seria mãe de trigêmeos! Como assim? Meu Deus! O que eu faria agora? Fiquei tão assustada, confusa... Dr. Rodrigo foi super paciente ao me explicar que aquilo era raríssimo de ocorrer e que deveria haver alguma genética na família do meu marido, pois seriam gêmeos univitelinicos, o que não teve nada a ver com a fertilização – apenas os bivitelinos.

Depois disso finalmente estava de alta e havia decidido: faria meu pré-natal e parto com ele, Dr. Rodrigo, é claro! Como eu poderia confiar todas as minhas questões de saúde a outro profissional? Meu hiperestimulo, trombose, gestação trigemelar? Mesmo morando no Rio iria uma vez por mês as consultas e quando estivesse perto do parto ficaria por São Paulo aguardando o tão esperado momento.

Depois da minha alta na Maternidade Santa Joana, voltei para o Rio de janeiro. Mas estava muito fragilizada. Como cuidaria de três bebes? Seria uma gestação de alto risco e eu estava muito assustada. Fiquei por vários dias triste, confusa, mas feliz por ter tudo acabado bem, meus bebes estarem com batimentos cardíacos excelentes e se desenvolvendo. Entretanto, com 10 semanas de gestação fui fazer uma ultra de emergência, pois aqui no Rio não consigo marcar ultrassonografia e eis que recebo a seguinte notícia: o bebe que estava sozinho no saco gestacional havia parado há mais ou menos duas semanas. Os gêmeos estavam bem. Que susto! O que teria acontecido para ele parar? Como seria a absorção do mesmo? Dr. Rodrigo explicou que nesses casos o corpo absorve e que eu não deveria ter medo, pois estava tudo bem com os outros dois. E eu tive a certeza de que colocar dois embriões foi a escolha mais perfeita da minha vida, pois se assim não fosse, nesse momento, eu teria perdido o meu bebe.

E termino meu relato com outro profissional que foi super atencioso comigo, Dr. Enoch do centro de medicina fetal de SP. Ele fez o exame da translucência nucal, onde indentica-se os riscos de ter down, viu todos os órgãos dos meus pequenos e disse que está tudo bem. Ele foi super atencioso e cuidadoso comigo. Valeu muito a pena ir até SP fazer esse exame, visto que é um marco na gestação de qualquer mulher.

Termino meu relato dizendo que quem quiser acompanhar minha gestação pode me seguir aqui no blog e pesquisem MUITO ao iniciar um tratamento de tamanho porte. Pesquise com pessoas que fizeram com aquele profissional, escute opiniões, envie e leia e-mail e relatos. Não se iluda com a primeira oferta que lhe fizerem, pois além do valor financeiro e psicológico muitas coisas podem ocorrer e sua saúde estará totalmente nas mãos daquele que você entrega-la. Quem quiser falar diretamente comigo pode escrever: psicologa.rafaela@gmail.com




terça-feira, 24 de setembro de 2013

Diário da FIV - Punção e Transferência

18/09 - Punção

Chegamos - eu e meu marido - a clínica as 7h da manhã. A captação seria as 7:30 da manhã e estava desde as 21h em jejum - de comida e água.
Não estava nervosa, apenas curiosa para saber quantos óvulos teríamos, após tantos altos e baixos...
Coloquei a roupinha de cirurgia, com avental, touca, protetores para os pés e deitei-me na mesa. O anestesista super simpático pegou um acesso e me deu uma amostra da anestesia. Nossa, que sensação delicisiosa. Um relaxamento tãooo bom e puft! Apaguei. Rs.
Quando acordei ví Dr Rodrigo ao meu lado com a melhor notícia do dia: "captamos 5 óvulos". Em breve saberemos quantos estão maduros para fertilizar. E a projeção dele se concretizou: Os dois maiores eram cistos. Não havia óvulo dentro deles.

Meu marido, enquanto eu dormia, colheu o material - semen - e após mais ou menos 1 hora de descanso fui para cada e dormi o resto do diaaa, feliz da vida!

19/09 - Embriões

Hoje recebo a linda notícia do Dr. Rodrigo de que temos 3 embriões! Dos 5 óvulos, 4 eram maduros e somente 3 fertilizaram!

20/09 - Pré-transferência

Hoje fico sabendo que os pequenos ainda estão se desenvolvendo super bem e que minha transferência ocorrerá no amanhã as 10:30h da manhã. Dr. Rodrigo recomendou que eu não usasse perfume - nem meu marido - e que fosse com a bexiga cheia... Contando os dias para ter meus pequenos aqui dentro!

21/09 - Transferência

Chegado o grande dia... Chego no laboratório supeeer nervosa. Fiquei com uma super dor de barriga. Muitas coisas passavam pela minha cabeça. Dr. Rodrigo chegou e conversou comigo que dos 3 embriões, 2 eram nota 10 para o terceiro dia, com 8 células cada um e o outro era nota 9,5 pois havia uma ligeira fragmentação nele. Este iria ficar para ver se chega em estágio de blastocisto. Se chegar vamos congelar! E que loucura! Eu que pensava não ter nenhum agora tenho a possibilidade de um blastocisto!? Que maravilha!

Fui colocar a roupinha e não sentia minha bexiga assim tão cheia, apesar de ter bebido 2 garrafinhas de 500ml. Chegando lá, deitei na mesa, ele viu que meu ovário ainda estava um pouco inchado - por conta dos hormônios e tudo mais - mas meu útero estava lindo. O procedimento com o espectro foi um pouco incomodo, tipo um preventivo, mas supeeer tranquilo. A cada dia me surpeendo com minhas reações. Em menos de 10 minutos tudo já havia sido feito. Os pequenos estavam lá dentro para começar sua jornada. Confesso que não senti-me diferente como li algumas meninas falando. Senti-me normal. Fiquei lá, deitadinha por 20 minutos conversando com meu marido e foi isso. Não consegui pensar em nada de fenomenal, só fiz minhas orações e agradeci muito a Deus por esse momento. Fiquei levemente tensa na hora do xixi, mas foi tranquilo. Rs.

Chegando em casa fiquei deitadinha e só no final do dia que senti muita dor na barriga, uma dor bem forte, do lado direito. Dr. Rodrigo disse que eram os ovários e que eu poderia tomar um buscopan. E assim terminei meu dia, deitadinha e começando a sonhar com meus bebês.

22/09 - 1o dia pós transferência

Hoje acordei com a barriga beeem dolorida. De não conseguir ficar com o corpo esticado na cama. Só consigo ficar de lado mesmo. Como era aniversário do Marcos, marido da minha amiga Lili, final do dia fomos em um japonês, comer somente os grelhados e fritos. Nada de peixe cru! Quando estava lá senti uma colica fraquinha, tomei um buscopan e tudo ficou ótimo!

23/09 - 2o dia pós transferência

Hoje teoricamente estou liberada. Dr. Rodrigo pediu repouso absoluto até ontem a noite! Mas aproveitei para ficar em casa estudando. Até porque com a dor que estou sentindo na barriga, não consigo fazer muita coisa. Ela também está beeeem inchada! Parece que estou gravida de uns 3 meses.

24/09 - 3o dia pós transferência.


A dor na barriga persiste mas sinto que está diminuindo.

25/09 - 4o. dia pós transferência


Hoje senti uma dorzinha de cabeça tipica da dona M. E depois uma dor nas costas... Aff, tudo que acontece quando dona M está para chegar. Ai, daí bateu um desanimo. Fiquei tão pra baixo.. Será que vai dar certo? Que dorzinha será essa? Sei que muitos sintomas são da progesterona... Mas sabe quando bate aquele medo? Aff. Quero que o dia de hoje acabe logo...


26/09 - 5o dia pós transferência


Hoje fui dar uma volta no MASP com meu marido, até porque ele está de férias e de "castigo" comigo em casa. A barriga não doi mais e sinto-me mais disposta. Mas andamos por lá e toda hora ficava uns 5 minutinhos sentada, para não forçar demais. E me deu uma baita dor nas costas! Nossa, típico da M mesmo, mas tão forte, tão forte que tive que me alongar e pedir massagem no meio do MASP mesmo. Rs. Tudo pelo nosso sonho, né?

5o dia ao 8o dia pós transferência

Os sintomas continuaram os mesmos, tirando que eu estava com a pressão muito baixa. Tomava banho morno e saia como se tivesse voltado da guerra de tão cansada. Rs. Minha amiga comentou: "pressão baixa típica de grávida". Será? No 6o dia resolvi tocar o colo do útero e senti que ele está bem alto, fechado e duro. Daí fui pesquisar no Dr. google mas fiquei confusa: alguns diziam que era indícios de gravidez, outros que não. Resolvi abstrair. No dia 8 eu senti uma cólica muito muito forte. Estava no ônibus voltando para o Rio e só conseguia rezar para passar. Suei frio, achei que fosse morrer de tanta dor... Acho que foi o dia que eles grudaram definitivamente em mim!

sexta-feira, 6 de setembro de 2013

Diário da FIV - Dia-a-dia da medicação

Dia - 06/09 - 1o. dia da medicação - GONAL 225 UI
Hoje cheguei em SP e fui muito bem recebida pela minha amiga Liliane. A conheci pela internet, pois ela fez o tratamento na mesma clínica - Mater Prime - e com o mesmo médico/anjinho - Dr. Rodrigo Rosa Filho - vai ter o bebezinho em menos de 4 semanas - e ela ofereceu a casa dela para eu ficar. Foi uma irmã para mim pois como venho do Rio não teria como pagar um hotel por todos os dias do tratamento.

Cheguei a consulta na hora marcada e conheci pessoalmente o encantador e competente - e supeeer recomendado - Dr. Rodrigo. Fizemos a ultra-transvaginal e como estava com o intestino cheio não foi possível a visualização do meu ovário esquerdo. Aff, ele ficou tímido e resolveu se esconder. Mas pelo menos deu para ver que não tinha cisto nenhum e que iniciariamos a medicação no dia de hoje mesmo!

Como era uma caixa enorme de isopor, com todas as medicações, pedi que ele me desse apenas uma parte delas pq eu voltaria de onibus. Rs.

Assim que cheguei preparei o Gonal e puft, apliquei. É muito tranquilo a aplicação, somente o manusear da caneta é que é um pouco complicado.

Tinha em mente que sentiria alguma reação, mas não senti NADA! E vamos que vamos... Muitas picadinhas ainda estão por vir!

07/09 - 2o. dia - GONAL 225 UI

No segundo e terceiro dia não senti absolutamente nada! Lí em vários blogues sobre dores de cabeça, nauseas... Até mesmo perguntei para o Dr. Rodrigo Rosa o que eu poderia esperar, mas nada... Apesar das fantasias serem grandes, não senti nadinha. Até o momento.

Após o primeiro dia já estava criando mais coragem para aplicar o Gonal!

08/09 - 3o dia - GONAL 225 UI

09/09 - 4o dia GONAL 300UI

Hoje o meu mundo caiu!
Tomando 225 UI de Gonal por 3 dias e eu só tinha 7 folículos!!! Sendo que em tamanho razoáveis apenas 4. E a minha receptora era do sócio do Dr. Rodrigo, e não dele. E o combinado era de que ela queria no mínimo 6 óvulos... Então eu não poderia ser doadora... Frente a isso Dr Rodrigo me deu a opção de fazer o tratamento a preço de custo, pagando somente a clínica, para que eu não fosse prejudicada. Ele foi um anjo ao oferecer essa opção! Ele não ganhou nada com meu tratamento! NADA! 

10/09 - 5o dia GONAL 300 UI

Com o aumento da dose a única coisa que senti foi peso nas pernas. Para dormir foi muito muito ruim. Parecia que eu tinha corrido uma maratona. Hoje, mais do que os outros dias, eu começei a rezar.. Somente Deus poderia fazer esse tratamento evoluir, ou regredir.. Estava nas mãos Dele. Pois Dr. Rodrigo, eu, a medicina, já estávamos fazendo tudo que podíamos...

11/09 - 6o dia GONAL 225 UI
Hoje foi o dia da outra ultra e estava super, ultra, mega, nervosa! Pedi para a Lili ir comigo a consulta para conversamos. Não conseguia pensar direito... Dr. Rodrigo foi um anjo, super sincero, explicou que seu sócio cancelou o ciclo da receptora - pois ela queria mais óvulos - e que caberia a mim optar por ficar com os óvulos - pagando somente o preço de custo, ou esperar para um próximo ciclo tentar novamente. Deixou bem claro que não haveria como ter certeza de que em um novo ciclo, com nova medicação, seria diferente... Deu sua opinião de médico e senti que também dera a opinião de amigo: de que eu ficasse com os óvulos. Tenho 28 anos e a idade conta muito! Pelo menos eles são de qualidade e eu deveria tentar... Após conversar com o marido, mãe, amigas... Ver de onde eu tiraria o dinheiro, decidi arriscar! E seja o que Deus quiser.

12/09 - 7o dia GONAL 150 UI + CETROTIDE

13/09 - 8o dia GONAL 75 UI + CETROTIDE
Hoje foi o dia da consulta após a minha decisão. Estava bem nervosa! Verificamos que haviam 7 foliculos, sendo que Dr. Rodrigo disse que dois estavam crescendo um pouco mais rápido e que deveriam ser cistos... Imaginem como fiquei?! Mais tensa ainda. Mas de qualquer forma ainda haviam 5 possibilidades e esses folículos poderiam não ser cistos - apesar de acreditar na experiência do Dr. Rodrigo. Vamos continuar....

14/09 - 9o dia GONAL 75 UI + CETROTIDE
Hoje continuei com a mediçação e acreditando que tudo daria certo. Voltei meu pensamento para Deus, coisas boas e pensamentos de amor e esperança. Não havia mais nada que pudéssemos fazer a não ser acreditar!

15/09 - 10o dia GONAL 75 UI + CETROTIDE
Hoje foi o último dia do Gonal e Cetrotide e senti-me bem, como se uma etapa chegasse ao final! Mas não, estava apenas começando a jornada.. Rs.

16/09 - 11o dia OVIDREL

17/09 - 12o dia
É amanhã o grande dia em que saberemos números de óvulos, maduros, cistos e se já poderemos começar a sonhar com nossos bebezinhos...


sábado, 24 de agosto de 2013

Cálculo da data do parto

Saiu uma matéria muito interessante do meu grande amigo Rodrigo Rocha, enfermeiro obstetra, explicando como realizar o cálculo da data do parto.

Fonte:  http://www.aprimore.com/blog/?p=378

24 agosto
Os cálculos e a Enfermagem nos concursos públicos – entendendo a DPP



Professor Rodrigo Rocha
Olá, caro leitor e aluno!
Um assunto que costuma assustar os candidatos na hora de uma prova são os cálculos matemáticos. Muitas vezes encontramos certa dificuldade em assimilar as fórmulas, que parecem um bicho de sete cabeças! No entanto, sempre existe uma lógica por trás das fórmulas, que quando entendida permite que o nosso conhecimento seja menos “decoreba”.

Quem pleiteou uma vaga para o cargo de técnico de Enfermagem para a prefeitura do Rio de Janeiro neste ano deve se lembrar que uma das questões abordava a data provável do parto, conhecida como DPP. Neste post vamos falar sobre este cálculo que aparece bastante nas provas de concurso. Vamos entender o passo a passo de uma forma que você, candidato, não precise decorá-lo e sim entendê-lo.

1º passo: Verificar a data da última menstruação (DUM)
Para calcularmos a DPP primeiro precisamos verificar a DUM da gestante. Esta verificação é feita através de uma entrevista com a cliente, na qual ela mesma irá informar esta data. Nos casos de questões de concurso, esta data costuma ser informada ou inferida conforme a explicação abaixo.

A DUM corresponde ao primeiro dia da última menstruação da gestante, ou seja, o 1º dia do último ciclo.

É importante salientar que algumas mulheres desconhecem sua DUM. Neste caso, realizamos uma regra de aproximação:

(1) se a gestante informar que sua última menstruação ocorreu no começo do mês, consideramos que o DUM ocorreu no dia 5;

(2) se a gestante informar que sua última menstruação ocorreu na metade do mês, sua DUM equivale ao dia 15;

(3) se a gestante informar que sua última menstruação ocorreu no final do mês, sua DUM corresponde ao dia 25.

2º passo: Calcular a DPP
Após a determinação da DUM, realizamos o cálculo da data provável do parto da seguinte maneira: ao dia da DUM é somado 7 (basta lembrar quantos dias há em uma semana); ao mês da DUM é somado 9, que corresponde ao número de meses que dura uma gestação normal. Sendo assim, você está estimando que a data provável do parto será 9 meses e 7 dias após o primeiro dia da última menstruação.

Por exemplo:
CASO 1
DUM: 20/01/2013
Cálculo da DPP:   20/01/2013
                            +7  +9            
Resultado:           27/10/2013

Simples, não é? Provavelmente você respondeu: esta é muito fácil!
Vamos então partir para um cálculo um pouco mais complexo.

CASO 2
DUM: 26/01/2013
Cálculo da DPP:   26/01/2013
                            +7  +9            
Resultado:           33/10/2013

Como não existe dia 33 em nenhum mês, é evidente que precisamos retificar esta DPP. Acompanhe a explicação do 3º passo para chegarmos ao resultado.

3º passo: Contabilizar quantos dias há em cada mês
Por vezes, a banca avaliadora do concurso nos prega algumas peças, as famosas pegadinhas de concurso. Em algumas questões, como o exemplo do caso 2 acima, ao realizarmos a soma DUM + 7 este valor ultrapassa a quantidade de dias que um determinado mês possui. Por exemplo, o mês 01 do caso em questão apresenta 31 dias, mas a data da DPP foi estimada para o dia 33, ou seja, nosso cálculo do caso 2 excedeu em 2 dias o número dias que o mês 01 apresenta (33 – 31 = 2). Quando isto ocorrer, continuamos a soma de dias passando para o próximo mês. Para ficar mais claro, vamos retificar o cálculo da DPP do caso 2:

CASO 2 (retificação):
DUM: 26/01/2013
Cálculo da DPP:   26/01/2013
                            +7  +9            
Resultado:           02/11/2013


Vamos passo a passo:
26 + 7 = 33
Não existe nenhum mês com 33 dias, logo 26 + 7 no mês de janeiro (que possui 31 dias) é igual a 02.

1 + 9 = 10
Porém, neste caso o resultado da DPP corresponde ao mês 11. Como ultrapassamos a quantidade de dias que o mês de janeiro possui, acrescentamos 1 mês a mais na nossa conta.

DICA:
Existem várias técnicas para lembrarmos quantos dias cada mês possui, entretanto a mais simples e usual é a técnica da mão fechada, representada na figura abaixo.


Os meses apontados nas proeminências ósseas são aqueles que apresentam o maior número de dias, ou seja, 31 dias. Já aqueles apontados entre as proeminências correspondem aos meses com 28 ou 30 dias.
Obs: Lembre-se que nos anos bissextos o mês de fevereiro apresenta 29 dias.

4º passo: Contabilizar quantos meses existem em 1 ano
A resposta para o quarto passo é fácil: dentro de um ano existem 12 meses. Porém, às vezes o candidato cai na pegadinha e se esquece de trocar o ano correspondente quando no cálculo da DPP a soma dos meses ultrapassa a quantidade de meses que há em um ano.

CASO 3
DUM: 20/05/2013
Cálculo da DPP:   20/05/2013
                            +7  +9            
Resultado:           27/02/2014

Vamos passo a passo:
5 + 9 = 14
Seguindo o mesmo raciocínio do caso 2, neste caso o resultado para o mês da DPP é 2 pois não possuímos 14 meses em 1 ano. Os 2 meses que ultrapassam o número de meses que há em um ano (14 – 2 = 12) são acrescidos no ano seguinte, por isso acrescentamos 1 ano ao nosso resultado.

DICA:
É possível realizar este cálculo de outra maneira. Quando a DUM acontece do mês 04 (abril) ao mês 12 (dezembro), ao invés de somarmos 9 ao mês da DUM, subtraímos 3, não esquecendo de acrescentar 1 ano a mais no resultado. Vamos refazer o cálculo do caso 3 utilizando esta estratégia:

CASO 3 (resolução alternativa):
DUM: 20/05/2013
Formula:    20/05/2013
                   +7  -3            
Resultado: 27/02/2014

Desejo bons estudos para todos os leitores, muita coragem e persistência para alcançarem seus objetivos.
Um abraço,
Rodrigo Rocha.